Para compreendermos a razão da criação da Sociologia, sua origem, e todo seu processo de desenvolvimento, devemos analisar, criticar e entender os fatos que ocorreram no século XIV, que foi marcado principalmente pela transição da sociedade feudal, para a sociedade capitalista, iniciando uma nova era mercantil.
Pois em cada sociedade, os seres humanos procuravam explicar os problemas e diversas situações em que viviam, a partir da religião, cultura ou etnia. Mas houve um momento, em que os problemas vividos não podiam mais ser explicados e muito menos resolvidos por esses fatores, era então necessário à criação de uma nova ciência própria, que ao mesmo tempo em que procurasse entender, propunha soluções para os mais diversos problemas. Mas quais são esses problemas? Com o aparecimento do Iluminismo, um movimento que procurava mudar a sociedade mobilizando a luz da razão como maior poder, e se contrariar aos abusos da Igreja e do Estado, juntamente do Renascimento, fez com que os burgueses enriquecessem, e assim, investindo nas mais novas revoluções presentes naquele tempo, como por exemplo, as Grandes Navegações. A maior delas, foi a Revolução Industrial, o trabalho abusivo fez com que os trabalhadores tivessem muitos problemas em geral, e principalmente muitas revoltas, o que despertou o pensamento dos filósofos presentes.
Algo interessante é que mesmo antes da criação da Sociologia, muitos filósofos já estudavam os problemas criados pela sociedade, como por exemplo, o Conde Saint-Simon (17/10/1760 – 19/04/1825), filósofo e economista francês, que tinha a idéia de que todos os homens dividissem os mesmos interesses e recebessem adequadamente pelo seu trabalho.
Mas foi Augusto Comte (19/01/1798 – 05/09/1857), que criou e propôs o termo Sociologia, em 1830. Ele esperava unificar todos os estudos relativos ao homem, inclusive a história, psicologia e economia, e que a Sociologia fosse aplicada com observação, experimentação, da comparação e a classificação como métodos para a compreensão da realidade social.
Para ele a Sociologia, até então conhecida como “física social” ou “filosofia positiva” (positivismo), tinha a seguinte ideologia. Podia-se dizer que o conhecimento positivo busca "ver para prever, a fim de prover" ou seja: conhecer a realidade para saber o que acontecerá a partir de nossas ações e consequências, para que o ser humano possa melhorar sua realidade. Dessa forma, a previsão científica caracteriza o pensamento positivo
E felizmente, a idéia de
Augusto Comte teve resultado. A Sociologia, então, surgiu como um corpo de
idéias sobre o processo de constituição, consolidação e desenvolvimento da
sociedade moderna, analisando problemas e propondo soluções para ela, o que fez
com que a Sociologia passasse a ser conhecida como a “ciência da crise”.
Ele tinha a idéia de que “os fatos sociais devem ser tratados como coisas”. São maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercitivo, e autoritário perante o indivíduo. Por exemplo, podemos classificar fatos sociais as regras jurídicas, regras morais, dogmas religiosos, maneiras de agir, costumes, etc., enfim, todo um conjunto de “coisas”, exteriores ao indivíduo e aplicáveis a toda a sociedade, que são capazes de condicionar ou até determinar suas ações; sendo esta “coisa” dotada de existência própria, ou seja, independente de manifestações individuais; e dentre essa ideologia, Durkheim ressalta que os fatos sociais têm três características:
- Coercitividade – característica relacionada com o poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de uma sociedade se impõem aos indivíduos que a integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los.
- Exterioridade – relaciona-se ao fato de esses padrões culturais serem exteriores ao indivíduo e independentes de sua consciência.
- Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou sociedade.
E graças a toda essa ideologia, a Sociologia fortificou-se firmemente, e se espalhou pelo mundo.
Mas não é apenas isso; todo sociólogo possui uma característica que ele procura passar adiante, que é conhecido como Olhar Sociológico, pois nosso olhar está cheio de pré-noções, preconceito, olhos que vêem o mundo a partir de características familiares a nossas próprias vidas, não faz reflexões cuidadosas, sendo levado por emoções.
Já o olhar sociológico, se distância do que está acostumado a ver todos os dias, ele busca criticar e refletir sobre tal assunto, e não se contenta com o pouco que o senso comum dele proporciona. Essa é a maior característica que fez com que grandes sociólogos se destacassem.
Buscar entender o mundo com um olhar diferente, adquirindo uma visão ampla, observando detalhes que normalmente são esquecidos, fazendo com que se tenha melhores resultados, dependendo do que está a se buscar. Essa é só uma das funções do Olhar Sociológico.
E todo esse conhecimento é aplicado na sociedade, pois o sociólogo tem a sociedade como objeto de estudo. Um sociólogo tem de ser reflexivo, crítico e metodológico, e se dedicar profundamente à pesquisa do comportamento humano dentro de uma sociedade, refletindo sobre a complexidade da vida social e se ocupando em investigá-la como um todo.
Sites:
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/a-origem-da-sociologia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
http://www.suapesquisa.com/quemfoi/augusto_comte.htm
http://www.infoescola.com/sociologia/fatos-sociais/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fato_social
Livros:
Apostila – Volume 1
Livro – Sociologia para o Ensino Médio
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